Pages

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Se não fosse 27, diria que era 13.

Há tempos que não passo por aqui. Na verdade, desde o BI. Maldito BI

Bom, agosto foi tumultuado. Não só pela maré vermelha, mas por uma sexta-feira que parecia treze, mas estava atrasada por duas semanas.
Quase nove da manhã e toca meu telefone. Se estivesse na rua, provavelmente nem escutaria quem era, tamanha tempestade desabava. Era a Pâ. Kinder, Loira ou simplesmente a Pâmela Goldschmidt. Com certeza, utilizando o adjetivo de um velho amigo, a mais destemida das amigas.

- Bru, saí de casa!
- Sim Pâm, e já chegou na Unisc?
- Não Bru, eu sai de casa. Arrumei minhas trouxas (que no momento imaginei: ela com um cabo de vassoura e um saquinho de pano amarrado na ponta) e coloquei tudo no carro. Preciso de um lugar pra morar.
- Ótimo. Pelo que senti o dia não será bom mesmo. Tá, passa aqui e me pega que eu te ajudo.
- Não, tu não ta entendendo. As minhas trouxas estão no carro. Está um pouquinho apertado.
- Dá nada. Eu me aperto. Vem me pegar.

Quando cheguei no carro dei atenção ao diminutivo usado em “pouquinho apertado”. Era impossível contabilizar. Caixas, roupas, bebidas, sapatos, maquiagem, cobertor, chapinha, secador de cabelo, ....

Bom, sem detalhes maiores, vou simplificar os motivos pelos quais aquela sexta-feira 27, virou 13.

A chuva. A demissão de uma colega. A juntada das trouxas de uma amiga. O Fiesta sem espaço. A chuva. O temporal. O quarto provisório no Charrua. O almoço do Shopping. A escorregada no Shopping. A torcida de pé. Um prato voando no Shopping. Os JK’s visitados inundados. A Afubra e suas trilhões de opções. As plantas que a Pâmela comprou pra casa nova. O apartamento novo. O apartamento novo sem luz. A ré no estacionamento oblíquo. O amiguinho que virou a esquina com tudo. O estrondo. O desespero. Os berros da Pâmela. A minha cabeça zonza. A notória destruição da traseira do Fiesta. O mundo desabando em água. A corretora de Seguro. A imobiliária. Os contratos de aluguel. A percepção de que não conseguiríamos tirar as coisas do porta-malas, a traseira estava demolida. A chuva. Muita chuva. Enfim, o apartamento. As coisa da Lully (minha afilhada) espalhadas no pátio. Enfim descarregamos. A minha casa. A dor de cabeça. A dor muscular por causa da batida. A “Noite das Meninas – Parte I”. A garrafa de Amarula em uma hora. A pizza. A garrafa de Tequila em uma hora. A Bruna, a Pâmela e a Júlia falando merda. A... A... O.. o último gole de tequila. Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

E, pode ser pior! O sábado estava por vir. E a casa nova, sem luz, estava tomada de caixas.
Ao menos teríamos uma Alemoa Severino.

E, não continua no próximo capítulo.. que eu esteja livre de um capítulo igual.