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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Se fosse com MALAGUETA

Você come. Mata a fome, mas não se sente satisfeito. Faltava alguma coisa. Era.. era sem gosto, faltava o “a mais”. Faltava pimenta, tempero.

Ontem senti que faltou isso. Mas não no meu almoço muito menos na janta. Faltou pimenta na convocação do Dunga para a Copa do Mundo.

Ao contrário de 99% das pessoas com quem conversei ontem, eu achei ótimo ir Doni e Gomes como goleiros reservas. Concordo que seja injusto com o trabalho que Victor, goleiro do Grêmio, vinha fazendo. Ele merecia estar lá, merecia passar por essa experiência. Entretanto, antes de Seleção Brasileira, sou gremista. Não por falta de patriotismo, mas se eu tivesse que esperar por quatro anos para ver meu time brilhar, não seria fanática por futebol. Bem, com a permanência do goleiro no time tricolor, estamos mais próximos do título da Copa do Brasil, e isso sim é importante, nesse momento, para o meu time. Injusto com ele? Sim. Mas não posso dizer que foi ruim. Tenho um pouco de medo quanto ao abalo sentimental que ele sofreu com isso, mas são algumas horas que me separam dessa curiosidade medrosa. (Hoje, às 22hs, GrêmioXSantos pela Copa do Brasil).

Mas não era desse tempero que eu me referia quando disse que a Seleção mata a fome mas não satisfaz.

Aos 35min do segundo tempo, Brasil nas quartas de finais da Copa do Mundo, o placar é 0 X 0. Ainda restam substituições. Agora, eu sou o Dunga. Quem eu colocaria para decidir o jogo?

Não sei. Não tenho resposta. Falta O CARA. Falta a presença de campo.

O Time opaco do Dunga precisava de um brilho. Aos esquerdistas completamente contra “estrelinhas” digo: SIM, falta estrela no time amarelinho.

Eu torcia por ver Ronaldinho Gaúcho por lá. Foi a minha esperança em 1999, no Grenal, quando ele ainda era o menino do Grêmio. Foi em quem depositei toda a confiança que podia em 2002, na semi final da Copa do Mundo, contra a Inglaterra. Deu certo! (ta, podia ter dado certo em 2006, na final do mundial interclubes). Mas, é disso que eu falo, queria alguém com quem contar para decidir. Queria ele, mas não precisava ser necessariamente ELE. O Imperador? Ele fez tudo para que não o convocassem. Quem mais? Não sei! Mas queria tirar o fosco da Seleção.

No Brasil, se duvidar, até Pedro Álvares Cabral tinha uma bola e saiu chutando. Faz tempo que por aqui o futebol não é só um esporte. É arte, paixão, lazer, AMOR. É patriotismo puro! E isso é lindo! É o que me faz cambalear as pernas, me faz colocar a mão no peito e cantar o hino.

Acredito sim, que em julho, teremos o hexa. Torço por isso. Mas digo: algo vai faltar.

Das opções que Dunga me deu, aposto em Luís Fabiano.

Só sei que apimentarei minha pipoca o máximo que minha garganta agüentar, pois já sei que na tela, ela, a pimenta, vai faltar.



Ps: Faltam SÓ 11 figurinhas para eu completar meu álbum!! \\o//

terça-feira, 11 de maio de 2010

De Veríssimo, o filho.




"Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amado..."

Bom, né?

Recebi esse e-mail de uma amigona! Aquela com que converso de tudo, sabe? Aquela com quem nenhum riso é suficiente. Tudo é acompanhado por gargalhadas.

O texto me fez pensar em outra coisa: Seja você! Faça por você! Não seja subjetivo!

(mas isso fica para outro post)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

No meio de tudo, eu fui feliz!

Cada gremista tem uma história diferente, não adianta!

Da que sei, que é a minha, quase morro pelos momentos mais importantes.

Os que me conhecem sabem do meu fanatismo. Aos que não conhecem, devem imaginar pelas fotos ou por comentários já feitos aqui no Blog. Mas o que quase ninguém sabe é que isso não é assim desde o começo.

Bom...

Como um exemplo de qualquer cidadão da capital, quando pequena, ou podia ser gremista, ou colorada. Certo? Errado. Morávamos eu, meu pai e minha avó em Porto Alegre. Aos domingos, quando voltávamos da Redenção, meu pai saia comigo. Eu, como filha única, tinha um “bipapel”: era a meninha dele na hora do “cuti cuti”, e o moleque quando se tratava de futebol.

Onde íamos aos domingos? No estádio!

Agora você deve pensar: ta aí! É daí que vem todas essa paixão pelo azul, pelo Grêmio, pelo Olímpico.

É, amigo, sinto em dizer, mas você está enganado.

Meu pai é colorado. Minha mãe é colorada. E minha avó? Minha avó é juventudista.

Ia eu, com sete anos, ao Beira Rio. Minha única opção era ser Sport Club Internacional.

Depois, mais tarde, quando comecei a sentir que algo estava errado, me encontrei! Encontrei minha paixão e me entreguei. O fanatismo veio automático.

Mas parece trauma. Não adianta.

Hoje, sou eu. Eu sozinha. Sem companhia. Até para ir ao Olímpico eu peno atrás de alguém que vá comigo.

A melhor amiga é colorada. O namorado também (não era fanático até que eu o conhecesse. Ótimo). A sogra e a cunhada gostam do vermelho. Já o sogro, ah que carma! Ele é fanático. Sabe daquele tipo que toca piadinha de canto? Argghh

Ontem ele estava fardado, comprou aquela caixa do centenário do Inter que vem com as três camisetas. Muito bonitas, por sinal. Tá, mas e daí? Eu e meu pijama listrado saltitavam de alegria!

Ontem foi o título gaúcho. Hoje eles estão dizendo que é pouco, que não queriam. Nunca jogaram truco? É o lema, primeiro se faz em casa!

Minha mãe diz até hoje quando perguntam o porquê da diferença entre nós. A resposta: “Ah, isso é a maneira de ser rebelde dela”.

Se é verdade? Não sei! Só tenho certeza de uma coisa: ontem foi a vez da rebelde gritar: GRÊMIO - CAMPEÃO GAÚCHO 2010

(o Rodrigo e o capitão Victor)