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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Brincadeira de criança


Ontem pela manhã, durante a visita diária aos blogs que acompanho, li um post que me deixou paralisada a manhã toda. Ele está por lá, em http://papodeguriafutebolclube.blogspot.com/ , por autoria da queridíssima e futura grande jornalista, Vanessa Kannenberg, a Vahn. Antes de falar especificamente do post que mexeu com a minha vida, aconselho a vocês, que gostam de futebol e, principalmente aos que não gostam, numa tentativa de fazer com que gostem, para conferirem este Blog. Assim como eu, a Vahn andava meio preguiçosa nas férias, mas agora, tudo voltou ao normal por lá. Vale à pena!

Bem, voltando a minha mudança vital extraordinária (nossa!), no momento em que li o texto, tive vontade de matar sua autora. Maldita hora em que me deu essa ideia.

São os álbuns! Os de figurinha! Ai, como eu amo.

Lembrei de quando eu estava na primeira série, lá no Colégio Champanhagt, ainda em Porto Alegre. Todas as meninas da minha sala tinham o álbum da Moranguinho. Aliás, eu também o tinha mas, diferente delas, nenhuma figurinha estava colada nele. Na mesma época, começava a minha paixão por futebol. A minha troca de figurinhas não era na rodinha das gurias, mas sim, jogando bafo com os meninos. Sim, eu tinha o álbum do Brasileirão!Lembro-me bem! Orgulho do pai!

Todos os dias, mais do que um Kinder Ovo, meu pai não podia entrar em casa sem um pacote de figurinhas. Quando ele viajava, me deixava dinheiro e eu comprava um por dia. Sempre trocava os jogadores do Goiás e Palmeiras, por causa das cores das camisetas. Essas eram as figurinhas que estavam quase sem cola, de tanto eu trocá-las de lugar.

Voltando ao post do Blog , domingo, a Zero Hora veio acompanhada de um álbum da Copa do Mundo. Momento desespero. Eu precisava de um! Passei uma manhã toda correndo atrás do tal álbum. Ao meio dia, fui almoçar na casa da sogra e, quando o meu namorado chegou: “ebaaaaaa, agora eu tenho um”. Junto ganhei cinco pacotes de figurinhas os quais foram imediatamente abertos.

À tarde, antes da reunião dos focas, passei na banca e comprei mais 20 pacotes. -A diferença de agora para 14 anos atrás é que, nesse momento, eu mesmo compro. Isso não faz com que eu espere meu pai me dar dinheiro. Ainda não decidi se isso é bom ou ruim. - Durante a reunião, minhas mãos coçavam, pois a vontade de saber quais eram os próximos números que eu iria preencher era enorme.

À noite, quando cheguei em casa, o espanto do meu pai e ao mesmo tempo, o sorriso de felicidade me fizeram ver que eu não era a única perdida. Corri para o meu quarto, rasguei todos os pacotes e colei todas as figurinhas.

Bateu o desespero.

Tinha acabado e eu precisava colocar mais.

Fiz cara de cachorrinho sem dono pro meu pai, igualzinha a que fazia em Porto Alegre, com seis anos. Ele catou as moedas, eu catei as minhas, o Lair catou as dele e fomos ao centro comprar mais.

Durante o jogo do Grêmio, quando terminei de colar as últimas, me senti realizada e satisfeita. Talvez porque eu tinha a certeza de que não sairia pra comprar mais. Mas dormi bem!

Hoje é um novo dia! Preciso de mais! Aliás, estou esperando a noite para ganhar mais. Do meu pai, que tenho certeza que levará, e do Lair.

Talvez pelo cheiro de revista novinha.

Ou pelo cuidado ao abrir os pacotinhos e não rasgar nenhuma das figurinhas.

Ou ainda pelas lembranças boas.

Não sei definir o motivo maior. Só sei que é bom.

Criança? Pois bem, deveriam experimentar. É cheirinho de infância!

1 comentários:

Lair disse...

E dele comprar figurinhas!!!

AMO!!!

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